O capacitismo, muitas vezes sorrateiro e disfarçado de "boa vontade", cria um ambiente onde o progresso e a ascensão no trabalho se tornam montanhas íngremes.

Essa falsa caridade, desprovida de real compreensão, foca na suposta "limitação" da pessoa com deficiência em vez de reconhecer o potencial e as habilidades únicas que cada indivíduo possui. Ignora-se, assim, os sonhos, as ambições e a capacidade dessas pessoas de contribuírem significativamente para o mercado de trabalho e para a sociedade como um todo.

É preciso romper com a visão estreita que as confina a papéis marginais ou a trabalhos que não correspondem às suas qualificações e desejos. Pessoas com deficiência são indivíduos com famílias, responsabilidades financeiras e o direito de construir uma carreira digna e próspera. A falta de oportunidades justas não apenas frustra seus projetos de vida, mas também perpetua um ciclo de dependência e invisibilidade.

A verdadeira inclusão profissional vai além da simples contratação. Envolve a criação de ambientes acessíveis, a adaptação de processos seletivos, o investimento em tecnologias assistivas e, principalmente, a mudança de mentalidade que reconheça a capacidade e o valor de cada profissional, independentemente de suas características. Somente quando o capacitismo for desmascarado e combatido em todas as suas formas, as pessoas com deficiência poderão trilhar caminhos profissionais com equidade e alcançar o sucesso que almejam e merecem.