A perda da visão é um evento que pode abalar profundamente a vida de qualquer pessoa. Tristeza, impotência e desânimo são sentimentos comuns que surgem nesse momento. Foi assim que me senti quando me vi diante da deficiência visual. A depressão me assolava e a ideia de aceitar minha nova realidade era aterrorizante.

Mas Deus, em sua infinita generosidade, me abençoou com uma família maravilhosa que me acompanhou nesse processo. Através do amor e apoio deles, e de outras pessoas especiais que cruzaram meu caminho, pude superar os momentos mais delicados.

Com o passar dos anos, e através das vivências, percebi que a chave para a felicidade era a aceitação da minha deficiência. No momento em que abracei a cegueira como uma característica especial da minha existência, a luz finalmente superou as trevas e minha trajetória se tornou mais tranquila.

A tristeza deu lugar à alegria, e a vida se tornou mais leve e prazerosa. Aceitar a deficiência significa aliviar o fardo que carregamos, permitindo que a felicidade e o amor floresçam em nossos corações.

Quando nos recusamos a aceitar nossa condição, a vida se torna um fardo pesado. A alegria se transforma em tristeza, o isolamento toma conta de nós e nosso semblante se fecha para o mundo.

É preciso ter fé em nossos potenciais e jamais permitir que a deficiência física nos paralise. A vida é um presente divino que devemos honrar com coragem, determinação e fé. Seguir nossa jornada com maestria e cumprir nossa missão sagrada com alegria é a melhor forma de agradecer por esse dom.

O nascimento da minha filha Natália foi o maior presente que Deus me concedeu. Ela deu significado à minha vida e me mostrou que sou capaz de gerar e cuidar de uma "jóia rara". Sua presença me traz alegria e amor, fortalecendo minha coragem e sendo a razão do meu viver.

Portanto, a aceitação da deficiência física é o caminho para superar a tristeza e conquistar uma vida plena. Com ela, encontramos o encorajamento necessário para lutar por nossos objetivos, realizar nossos sonhos e viver experiências incríveis. É com alegria que devemos cumprir nossa missão divina, reconhecendo que a deficiência não define quem somos, mas sim nos torna mais fortes e resilientes.