16/05/2021

Minha Mãe

MINHA MÃE

Maria Dolores



Desejava, Mãezinha, para testemunhar-te afeto e gratidão,

escrever-te um poema que me fotografasse o coração.

E, ao servir-me do verbo, quisera misturar

a beleza das flores e das fontes, o azul do céu, o ouro do sol e os lírios do luar...

Anseio enaltecer-te!... A palavra, no entanto, Mãe querida,

não consegue mostrar as bênçãos incessantes que nos trazes à Vida.

Em vão consulto dicionários! Não encontro a expressão lúcida e bela

que nos defina claramente a luz que o teu sorriso nos revela...

Ofereço-te, assim ao carinho perfeito

o doce pranto de agradecimento que me verte do peito.

As lágrimas que choro de alegria refletem, uma a uma

as estrelas de amor que te engrandecem, – a tua glória em suma!...

És tudo de mais lindo que há no mundo, – o agasalho a ternura calma e boa,

o refúgio de santo entendimento, a presença que abençoa...

Desculpe, meu tesouro de esperança, se não te sei nobilitar

o reino de bondade e sacrifício, no sustento do lar!

E não sabendo, Mãe, como louvar-te a celeste afeição,

rogando a Deus te glorifique a vida, trago-te o coração.


Texto retirado do livro:

MÃE- Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos 



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