06/12/2016

Filhos com Deficiência

Olá, pessoal!
Concerteza, nenhuma mulher quer ter um filho com deficiência.
Recentemente, fiquei sabendo o comentário de uma gestante que se soubesse que o filho nasceria com Hidrocefalia abortaria. .
Fiquei triste com o comentário.
No entanto, fiquei feliz que o bebê é saudável e perfeito.
Mesmo assim, fiquei pensando neste caso, na seguinte situação:
Tendo este bebê crescido, sendo no futuro accometido por uma fatalidade e vir a adquirir uma deficiência:
Será que o amor desta mãe pelo filho vai diminuir diante do ocorrido?
Ou será que ela vai transferir a responsabilidade do zelo do filho para o pai, os avós ou cuidadores?
Eis uma questão delicada para pensar.
Adquiri a cegueira aos 16 anos, nem por isso, meus pais se isentaram da responsabilidade de me auxiliar a me reabilitar e continuar vivendo.
Mas, me preocupo com mulheres que antes do filho nascer já programam o futuro de uma gestação mau sucedida.
A nossa sociedade anda a "passos de tartaruga" em se tratando de aceitar as "diferenças", quando o problema é na família do outro, julgamentos e críticas por vezes são construídas ao redor daqueles pais que lutam para seu filho "especial" se desenvolver.
A verdade é que quem não tem filho com deficiência, muitas vezes não tem boas expectativas diante de tais pessoas, por isso, estas apresentam dificuldade de alavancar no mercado de trabalho, por exemplo, onde ainda são pouco valorizadas, por serem julgadas por quem não tem deficiência.
As pessoas pensam que por ter uma pessoa com deficiência em seu núcleo familiar vai atrapalhar ou estragar os planos de uma vida bem sucedida, pois acreditam, que um filho com deficiência é fruto de castigo divino.
Mas, famílias imperfeitas é mais comum que as pessoas imaginam, pois vamos analisar aqueles filhos que não gostam de estudar, não querem trabalhar, somente desejam ser bancados eternamente pelos pais, os quais sabemos não viverão para sempre.
Imaginem aquelas famílias onde os filhos perfeitos vão para o mundo das drogas, destruindo a sua vida e dos seus pais.
Portanto, problemas vão surgir em todas as famílias apenas de maneira diferente.
E quem pensa que ter um filho com deficiência vai ser um fardo, pode estar enganado, pois um filho drogado dá muito mais trabalho.
A reflexão não pretende julgar ninguém, apenas fazer um ponto de interrogação sobre o modo de pensar de muitas pessoas de nossa sociedade, ainda tão marcada pela exclusão e discriminação.
Desta forma, pensamos bem antes de falar sobre abortar os filhos, pois a sentença pode vir no futuro, quando é impossível negar a realidade vivida.

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