Em um mundo ideal, nenhuma gestação seria marcada pelo medo de um diagnóstico de deficiência. Mas a realidade é complexa, e o relato de uma mãe que considerou o aborto como solução se soubesse da Hidrocefalia de seu filho(a) nos convida a uma profunda reflexão sobre maternidade, amor e inclusão.
A dúvida que paira no ar é: se seu filho(a) que nasceu saudável, sofrer um acidente no futuro e adquirir uma deficiência, seu amor persistirá inabalável? Ou você buscará se esquivar da responsabilidade, transferindo-a para outros?
Como alguém que perdeu a visão aos 16 anos, posso afirmar com convicção: o amor de pais verdadeiros jamais se esvai diante das dificuldades. Meus pais, mesmo diante da minha cegueira, nunca se furtaram em me auxiliar na árdua jornada da reabilitação.
É triste constatar que, em pleno século XXI, ainda lutamos contra o preconceito enraizado em nossa sociedade. A "aceitação das diferenças" parece avançar a passos lentos, especialmente quando se trata de filhos com deficiência. Julgamentos e críticas recaem sobre famílias que dedicam suas vidas à luta pelo desenvolvimento de seus filhos "especiais".
É importante reconhecer que "famílias perfeitas" são uma ilusão. Quantos filhos sem deficiência não causam preocupações aos pais por reprovar na escola, se envolverem com drogas ou simplesmente recusarem-se a trabalhar, dependendo eternamente da ajuda familiar?
Ao analisarmos a questão sob essa ótica, fica claro que problemas existem em todas as famílias, apenas se manifestam de maneiras distintas. Um filho dependente químico, por exemplo, pode gerar muito mais trabalho e sofrimento do que uma pessoa com deficiência.
Esta reflexão não tem o intuito de julgar, mas sim de provocar o questionamento sobre as crenças limitantes presentes em nossa sociedade, marcada pela exclusão e discriminação.
Antes de considerar o aborto como solução para uma possível deficiência do filho(a) é crucial ponderar com cautela. A vida é um presente precioso, e a sentença de "imperfeição" pode ser revertida pelo amor, apoio e oportunidades.
Que este texto sirva como um convite à reflexão e à mudança de mentalidade. Compartilhe com seus amigos e familiares, promovendo a inclusão e o combate à discriminação. Juntos, podemos construir uma sociedade mais justa e acolhedora para todos.
Lembre-se: O amor de uma mãe é incondicional e a vida, em todas as suas formas, merece ser celebrada e protegida.
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