Ser zen não é sobre estar sempre "numa boa", alheio ao mundo e sem fazer nada. É sobre ação e decisão, caminhar com leveza e segurança, ajudando quem precisa de forma prática.

A simplicidade é a marca do ser zen, como os santos e sábios que valorizam o essencial: encontro, alimento, descanso, lazer e trabalho. É viver em harmonia com o fluxo da vida, sem dramas, aproveitando cada momento presente: comer saboreando o alimento, com gratidão por tudo que o possibilitou, da terra ao sol.

Ser zen é liberdade com limites, é servir, cuidar, respeitar e compartilhar. É ter ternura e acolhimento, como o bastão do kyosaku que desperta sem ferir, lembrando do agora, dos pés no chão e da conexão com a Terra.

É morrer para o falso e a mentira, renascendo a cada instante em tudo que existe. É lembrar de cada gesto e carinho, sem rancor ou ódio. É realizar tarefas cotidianas com atenção plena, como trocar um pneu ou construir uma casa.

Ser zen é ser quem somos, a própria respiração em cada ação. É meditar, encontrar-se em suas diversas faces, com dores e alegrias, e entregar-se ao desconhecido sem medo. É voltar ao não-saber, ciente de que ignoramos o começo, meio e fim da vida.

É participar da comunidade, oferecendo soluções e buscando sempre melhorar. É estar presente, aqui e agora, observando pensamentos e emoções. É ser tempo, ser existência, sem separação do todo.

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