Completar dois anos dedicados à Inclusão Educativa no ensino superior é motivo de imensa alegria e realização. É um privilégio poder contribuir para a construção de um ambiente acadêmico mais acolhedor e inclusivo, onde alunos com deficiência e doenças crônicas e degenerativas possam desenvolver todo o seu potencial.

No entanto, essa jornada não se desenha sem desafios. A escassez de recursos financeiros e tecnológicos torna a implementação de práticas inclusivas um processo árduo, exigindo criatividade e resiliência. Acrescenta-se a isso a falta de aceitação por parte de alguns alunos, especialmente aqueles com deficiências psicossociais, que muitas vezes sofrem com o julgamento equivocado e a incompreensão de suas limitações.

É importante ressaltar que a aceitação da deficiência é um processo individual e complexo, que exige tempo e autoconhecimento. Para muitos, reconhecer-se como "diferente" é um passo desafiador e gradual. Cabe a nós, como profissionais da Inclusão Educativa, oferecer apoio e acolhimento, esclarecendo dúvidas e desmistificando crenças errôneas.

Ao longo desses dois anos, aprendi que cada deficiência possui suas particularidades, exigindo uma abordagem individualizada e personalizada. Através da escuta atenta e da observação cuidadosa, podemos identificar as necessidades específicas de cada aluno e oferecer os recursos e o suporte necessários para o seu pleno desenvolvimento acadêmico.

Sou grata a Deus pela oportunidade de contribuir para a construção de um futuro mais justo e inclusivo para todos. Ser o ponto focal da Inclusão Educativa no ensino superior é uma missão que me inspira e me motiva a buscar sempre o melhor para os alunos.