Em 19 de agosto de 1999, em Giruá, no Rio Grande do Sul, perdi minha visão. Mas a escuridão não apagou a minha vontade de aprender. Em outubro do mesmo ano, minha mãe me levou ao IMEAB em Ijuí, onde descobri o Braille, a escrita que transformou a minha vida.
Em apenas dois meses, o Braille se tornou a minha ponte para o mundo do conhecimento. Com seus pontos em alto relevo, pude ler livros, fazer trabalhos escolares e até mesmo identificar os remédios que eu tomava. Mais do que uma ferramenta, o Braille se tornou a chave para a minha independência e me guiou na minha jornada estudantil.
Sou eternamente grato a Louis Braille, o inventor do sistema Braille, que impactou a vida de milhões de pessoas com deficiência visual. Sua criação genial nos permite ter acesso à informação, à educação e à liberdade de expressão.
É muito importante que o Braille continue a ser utilizado em todo o Brasil. Salas de atendimento especializado em todas as cidades são essenciais para que alunos com deficiência visual, como eu, não precisem viajar longas distâncias para aprender. A educação inclusiva é a base para uma sociedade justa e próspera, onde todos têm a chance de realizar seus sonhos, independentemente das suas deficiências.
O Braille não só transformou a minha vida, como também me ensinou que quando temos força de vontade tornamos possível o impossível.
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