07/01/2021

O Egoísmo e a Ganância

Egoísmo e ganância são como ervas daninhas que sufocam a felicidade no jardim da vida. O egoísta, centrado em si mesmo, isola-se num casulo de vaidade, onde a voz do outro não encontra eco. Acreditando que a felicidade reside na acumulação de bens materiais, poder ou status, o egoísta esquece que a verdadeira riqueza se encontra nos relacionamentos, na partilha e na compaixão.

A ganância, por sua vez, é um poço sem fundo que nunca se sacia. O ganancioso, obcecado pela busca incessante de mais e mais, transforma a vida numa corrida desenfreada, onde o outro é apenas um degrau a ser superado. Nessa escalada frenética, o ganancioso perde a leveza da alma, a capacidade de se maravilhar com as pequenas alegrias e a beleza singela da existência.

Tanto o egoísmo quanto a ganância corroem a alma humana, deixando um rastro de vazio e insatisfação. O egoísta, aprisionado em sua ilha de solidão, experimenta a amargura da indiferença e a frieza do isolamento. O ganancioso, por sua vez, vive atormentado pela paranoia da perda, pela inveja do sucesso alheio e pela frustração de nunca se sentir completo.

A felicidade, como um pássaro livre, não se deixa aprisionar pelas grades do egoísmo e da ganância. Ela se encontra nos gestos de altruísmo, na doação desinteressada, na capacidade de amar e ser amado. A felicidade autêntica reside na simplicidade de um sorriso, na força de um abraço, na beleza de um pôr do sol compartilhado.

Portanto, desapeguemo-nos do egoísmo e da ganância, que nos afastam da verdadeira felicidade. Abramos o coração à generosidade, à compaixão e ao amor, e permitamos que a luz da felicidade ilumine o nosso caminho.


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