Talvez eu seja uma mulher, sim, com os sonhos ainda vivos da menina que acreditava em contos de fada. A mesma menina que, todas as noites, olhava para as estrelas e imaginava um futuro perfeito, de olhos fechados e coração esperançoso.

A menina que esperava. Esperava que a vida fosse sempre um conto de fadas, onde a felicidade reinava e os sonhos se realizavam com um toque de mágica. Mas, com o tempo, a dura realidade se apresentou. Descobri que nem tudo é azul, que sonhos se quebram e a desilusão faz parte da vida.

Amadureci. Aprendi que a vida exige mais do que sonhos. É preciso ir atrás, buscar com força e persistência o que se deseja. E, nesse processo, a menina que eu era se escondeu, camuflando-se para sobreviver às duras realidades do mundo.

Mas, a cada noite, ela renasce. Quando fecho os olhos, a menina sonhadora volta a existir. Ela busca dentro de si a fantasia, a esperança e a força para continuar. Ela sabe quem é, o que quer e onde quer chegar.

Sou a mulher que cresceu, mas que nunca abandonou a menina que vive dentro de si. Sou a guerreira que enfrenta os desafios do dia a dia, mas que também se permite sonhar com um futuro melhor. Sou a soma de todas as minhas experiências, das alegrias e tristezas, das vitórias e derrotas.

E, acima de tudo, sou a prova de que a esperança nunca morre. A menina sonhadora ainda vive em mim, e é ela que me impulsiona a seguir em frente, mesmo quando tudo parece estar contra mim.

Assim, me reinvento a cada dia. Me camuflo quando necessário, me fortaleço com as minhas dores e me agarro aos meus sonhos. Porque, no final das contas, é a menina sonhadora que me mantém viva, me faz acreditar que tudo é possível e que a vida ainda pode ser um conto de fadas, mesmo que escrito com a tinta da realidade.

Eu sou a mulher que cresceu, mas que nunca deixou de ser a menina que acreditava em contos de fada. E é essa menina que me faz ser quem eu sou hoje: uma mulher forte, resiliente e, acima de tudo, sonhadora.