05/05/2025

Barreiras na Escolarização e a Inclusão na Vida das Pessoas com deficiência Visual

A jornada educacional para pessoas com deficiência visual frequentemente esbarra em inúmeras barreiras que vão além da simples dificuldade de acesso ao conteúdo. A ausência de materiais em formatos acessíveis, como Braille e áudio, a escassez de tecnologias assistivas apropriadas e a falta de profissionais qualificados para atender às necessidades específicas desses alunos representam obstáculos consideráveis à sua participação plena no ambiente escolar. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) dedica um capítulo inteiro à educação inclusiva, explicitando a obrigação do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade em assegurar o direito à educação em igualdade de condições, sem barreiras que impeçam o aprendizado.

Essa exclusão, muitas vezes não intencional, gera um impacto emocional profundo. O sentimento de não pertencimento, a frustração por não conseguir acompanhar o ritmo da turma e a percepção de ser deixado de lado corroem a autoestima e a confiança desses indivíduos. A interação limitada com colegas e professores, resultante da inacessibilidade comunicacional e pedagógica, pode conduzir ao isolamento social e ao desenvolvimento de quadros de ansiedade e depressão.

A inclusão efetiva de alunos com deficiência visual transcende a mera presença física na sala de aula. Exige a implementação de práticas pedagógicas inclusivas, a adaptação de currículos e métodos de avaliação, a disponibilização de recursos adequados, conforme preconiza a legislação, e o fomento de uma cultura escolar que celebre a diversidade e respeite as diferenças. Quando a escola se torna um espaço genuinamente acolhedor e acessível, as barreiras delineadas na lei são desconstruídas, pavimentando o caminho para o desenvolvimento integral e o bem-estar emocional desses estudantes, permitindo que alcancem seu potencial máximo.


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