Em 19 de agosto de 1999, o mundo, como eu o conhecia, mudou para sempre. Aos 16 anos, a escuridão chegou, mas o amor da mãe mostrou que a luz vem de dentro. Hoje, 26 anos depois, ainda me lembro daquele dia como se fosse ontem. A tristeza por ter acordado cega foi amparada pelo abraço carinhoso da minha amada mãe, Leani, e pelo sabor dos bolinhos de pão com chocolate que ela preparou com tanto afeto. Foi um dia que marcou o início de uma nova jornada.
O que eu não sabia, naquele instante, é que a deficiência não me impediria de realizar meus maiores sonhos. Hoje, depois de tantos anos, posso dizer, com toda a certeza, que sou uma pessoa completa e realizada. A cegueira me ensinou a ver a vida de outra forma e a valorizar cada conquista, cada bênção.
Encontrei a felicidade no trabalho dos sonhos, dedico-me ao mestrado em educação e construí uma família. Sou casada e tenho a bênção de ser mãe da minha amada Natália, uma filha amorosa, carinhosa, saudável e perfeita. Ela é a prova viva de que a vida, mesmo com desafios, pode ser repleta de alegria.
Não há palavras para expressar a minha gratidão. Agradeço imensamente o apoio da minha família, especialmente da minha mãe, Leani, que hoje vive no plano espiritual, mas que sempre torceu por mim e me ensinou a enxergar a vida com o coração. E, acima de tudo, sou grata a Deus por me presentear com uma vida tão abençoada.
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